É comum as pessoas buscarem um financiamento imobiliário em alguma fase da vida, e entre diversas opções, o Minha Casa Minha Vida é uma das mais procuradas.
E, o artigo de hoje é para quem está pensando em fazer parte do programa, mas ainda tem dúvidas sobre esse tipo de financiamento. Falaremos sobre algumas regras do MCMV e esclarecer o que é verdade, ou não, sobre o assunto.
O programa
O Minha Casa Minha Vida é um programa que teve sua iniciativa através do Governo Federal em 2009. A proposta é oferecer melhores condições para quem está a procura de um financiamento imobiliário pela primeira vez. O programa ocorre em fases e atualmente já beneficiou milhões de famílias, e se você deseja fazer parte desses dados, confira o que é necessário saber sobre suas regras.
As regras para se cadastrar são as seguintes:
- Ter mais de 18 anos, ou possuir emancipação;
- Não ter utilizado o FGTS nos últimos 5 anos para comprar um imóvel;
- O proprietário não pode ter um imóvel em seu nome;
- Sem restrição de crédito;
- Renda declarada de até R$ 9 mil;
- Não possuir pendências com a receita federal;
- Somente imóveis novos podem ser financiados.
Mitos x Verdades
A taxa de juros é fixa = MITO
A taxa de juros do Minha Casa Minha Vida não é a mesma para todos, variando de acordo com a renda. A taxa é proporcional à renda, ou seja, quanto menor a renda, menores os juros do financiamento.
O Subsídio do Minha Casa Minha Vida é para todos = MITO
Para ter direito ao Subsídio é necessário que sua renda se encaixe nos padrões estabelecidos pelo programa, já que o mesmo é uma ajuda de custo do governo. O benefício também é calculado de acordo com a renda e a quantidade de participantes,
sendo inversamente proporcional à renda total. Quanto menor a renda do participante, maior o subsídio recebido, afinal de contas, pessoas de baixa renda têm dificuldade para arcar com o financiamento.
O teto do subsídio é de até R$ 47.000,00, de acordo com a renda cadastrada. Entretanto, para a cidade de Santa Rita do Sapucaí, o teto máximo do subsídio é de R$ 11.600.
Só vale para imóveis simples = MITO
Um dos mitos mais difundidos sobre o Minha Casa Minha Vida é de que por ser um programa voltado a pessoas de baixa renda, as obras são de baixa qualidade. Entretanto, há imóveis com acabamento excelente e muita qualidade que estão disponíveis para o financiamento.
Há casas e apartamentos bem localizados, com garagem e elevador que são construídos por empresas de destaque.
Renda menor, parcelas menores = VERDADE
O programa tem como objetivo principal auxiliar pessoas de baixa renda a comprar a casa própria. Participantes com renda bruta mensal de até R$ 1.600, por exemplo, têm os maiores subsídios do governo e não pagam juros.
Qualquer imóvel pode ser financiado pelo Minha Casa Minha Vida = MITO
Seja mais simples, ou não, o imóvel precisa passar por duas avaliações rigorosas, e caso seja aprovado, pode participar do programa. A primeira examina toda a documentação obrigatória. Essa análise determina se a área onde o imóvel será construído é legalizada e todos os impostos foram quitados.
Além disso, todo o projeto na planta deve estar regularizado quanto à localização e a situação da construtora na justiça.
Já a segunda análise, é técnica, onde um engenheiro da Caixa examina a construção desde a base, até a parte elétrica e hidráulica. Outra verificação feita é de se o imóvel está disponível para financiamento.
Sendo aprovado nessas fases, a próxima etapa é a verificação do valor do imóvel, uma vez que há um limite de preços para o financiamento. Os valores variam de acordo com a região e com a renda de cada pessoa. Se em alguma dessas fases do processo ocorrer um problema, o imóvel não será financiado.
Financiamento simples e com pouca burocracia = MITO
Nem sempre esse processo é rápido e pouco burocrático, pois diversos fatores podem influenciar o andamento dos procedimentos. Um deles é a documentação, que deve estar atualizada e completa, evitando atrasos e ajustes. Geralmente, o processo dura em média 30 dias, podendo variar para mais ou menos.
Sem entrada = MITO
Por mais que a proposta ser facilitar o financiamento do imóvel, é preciso pagar a entrada para fechar o negócio. O valor mais uma vez, varia de acordo com a renda do participante, que deve ser comprovada. Há a opção em alguns casos de dividir o valor da entrada.
Minha Casa Minha Vida garante maior segurança = VERDADE
O programa realmente oferece maior segurança para quem está em busca da casa própria. Além do imóvel ser passado para o nome do contratante no momento da compra, as parcelas só começam a ser cobradas quando a casa ou apartamento é
entregue.
E mesmo que a construtora por motivos como falência, não consiga concluir a obra, a Caixa Econômica Federal concluirá o projeto. Já em outras modalidades de financiamento, caso a construtora vá à falência, é necessário abrir um processo judicial para recuperar o valor investido durante a construção da casa ou apartamento.
A única maneira de perder seu imóvel no Minha Casa Minha Vida, é não pagando as prestações do financiamento. Isso acontece porque o imóvel é dado como garantia de pagamento.
O financiamento pelo Minha Casa Minha Vida pode ser feito em outra cidade = VERDADE
Você pode comprar um imóvel em uma cidade que seja vizinha da cidade em que você mora atualmente, ou morando há pelo menos 1 ano em outra cidade.
Caso você opte por morar na cidade em que trabalha, é necessário comprovar o local do seu emprego com a carteira de trabalho ou as notas emitidas para autônomos.
Apenas quem é casado pode participar do financiamento com renda conjunta = MITO
Atualmente, não é necessário ter um cônjuge para participar do Minha Casa Minha Vida utilizando a renda conjunta. Essa modalidade pode ser utilizada com participantes que tenham qualquer nível de parentesco, incluindo pais, irmãos e filhos. Além disso, também é possível unir a renda com um amigo, namorado(a), ou qualquer outra pessoa que cumpra os pré requisitos para participar do programa.